O Hotel Globo faz parte do conjunto arquitetônico do pátio de São Frei Pedro Gonçalves e é tombado pelo Patrimônio Histórico (Nóbrega, 1982). Seu estilo pertence ao movimento eclético. Suas linhas denotam influências dos estilos Neo-clássico, Art, Nouveau e Art Decó (Cabral, 1998a).
Foi construído em 1928 pelo hoteleiro Henriques Siqueira, conhecido como "Marinheiro" (Nóbrega, 1982). Na época de sua inauguração, possuía uma localização privilegiada por estar situado próximo ao Porto do Varadouro, mais conhecido como Porto do Capim, que era o principal centro comercial da cidade.
Durante muito tempo, cerca de 15 anos, foi ponto de encontro da sociedade da época, desempenhando função bastante significativa, pois foi o primeiro hotel de 1ª categoria da cidade. Era, inclusive, local de realização de bailes e banquetes oferecidos pelo Governo e pela sociedade da época, hospedando várias pessoas importantes: Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Tônia Carreiro, Ernesto Geisel, Gratuliano de Brito, entre outros, tais como usineiros, negociantes e viajantes estrangeiros (CPCH, 1999).
Seu período de auge foi de 1929 a 1938. Já a partir de 1935, com a inauguração do Porto de Cabedelo, o Porto da Cidade foi, aos poucos, sendo desativado. Com isso, ocorreu a decadência da área e, conseqüentemente, do Hotel Globo (CPCH, 1999).
Durante as décadas de 40 e 50, funcionou mais como um Bar de Boêmios do que como um hotel (CPCH, 1999). Em 1994 foi restaurado através do Convênio Brasil/Espanha. Hoje serve como um espaço cultural, sediando a Oficina Escola de João Pessoa, a Comissão do Centro Histórico e a Subsecretaria de Cultura do Estado (Cabral, 1998a).
Constitui local de importante riqueza em termos de cultura regional, sendo, muitas vezes, palco de eventos culturais, tais como lançamentos de livros e exposições de artistas plásticos. E, do pátio que conserva no seu exterior, pode-se observar um belo por-de-sol, tendo como paisagem o rio Sanhauá (CPCH, 1999).